Amor e Memória
Será que a profundidade de um amor se baseia na coleção de momentos e vivências partilhadas e na nossa capacidade de recordação dos mesmos?
Será que se não tivéssemos acesso à memória não seríamos capazes de amar?
O que constrói um grande amor? Por que motivo se mantém acesa a chama uma relação?
Convenço-me a acreditar que o amor é algo que transcende, quer memórias, quer corpos, quer personalidades, mas fazendo uma reflexão meramente racional da coisa, o que é intimidade, senão a consciência mútua e grata de uma partilha regular, prolongada e reconhecida?
Neste seguimento, incluiria nesses ingredientes chave que determinam o sucesso da relação romântica monogâmica, não necessariamente a química, mas o esforço que cada indivíduo contribui para o relembrar continuado e intencional da história do casal. O que, ainda que não soe demasiado romântico, atribui uma certa responsabilidade à dinâmica amorosa que, quando analisada (pelo menos por mim), é bastante louvável.
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