Insónias
Tenho medo da noite, não me deixa dormir.
Fecho os olhos, abro a mente, nem sei bem o que é, mas está sempre presente.
Um aperto sem forma, uma nuvem incolor. Há quem lhe chame de insónia, para mim uma dor.
Talvez alguma insegurança ou mesmo falta de sabor...
Penso no fim do dia, na comida, no amor; simples prazeres da vida... no entanto, o sempre mesmo ardor.
Tento magnésio, meditação, camomila, até carneirinhos e documentários sem vida.
Em vão, restam os phones e a melodia. Umas noites piano, outras até bateria.
Na maioria, cinjo-me ao silêncio, ao canto das mais diversas inquietações ainda sem fibra.
E assim se vai não dormindo, nunca alcançando a dita sinfonia...
Até que senfim, já é outro dia.
Photo by Yuris Alhumaydy on Unsplash
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